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Primeira Guerra Mundial nos Balcãs - Introdução

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL NOS BALCÃS

INTRODUÇÃO

O primeiro conflito mundial, no início do século XX, teve início nos Balcãs.

O que aconteceu nos Balcãs entre 1914 e 1918 interessa aos outros povos e, particularmente, aos Portugueses? Parece-me que uma resposta afirmativa é a mais acertada.

No mundo atual, globalizado em muitos aspectos, nada acontece suficientemente longe para nos podermos dar ao luxo de ignorar.

As guerras nos Balcãs, no final do século XX, (Guerra da Jugoslávia, 1991-1995, e Guerra do Kosovo, 1996-1999) proporcionaram a participação portuguesa na United Nations Protection Force (UNPROFOR) a partir de 1992 ou na Kosovo Force (KFOR) sob a égide da NATO (*). Portugal, um país pacífico, situado no extremo ocidental da Europa, envolveu-se em operações de apoio à paz nos Balcãs. Porquê? Porque essa foi a nossa contribuição para a paz na Europa, paz de que temos usufruído em território nacional desde a Primeira Guerra Mundial.

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Breve História dos Balcãs até 1914

BREVE HISTÓRIA DOS BALCÃS ATÉ 1914

Hoje sabemos que os Balcãs receberam os primeiros habitantes há cerca de 200.000 anos. A cultura neolítica apareceu cerca de 7.000 a.C., com povos que ali se fixaram, com origem nas estepes russas ou na Europa Central. Os povos desenvolveram-se mais no sul da Península Balcânica e nas ilhas em redor e, no século VIII a.C., em Creta e nas cidades-estado do Peloponeso e na Grécia Central desenvolveu-se a surgiu a civilização grega que tão grande influência teve no mundo atual. Na totalidade ou em parte, os Balcãs foram dominados pelos Persas, pelos Gregos e pelos Romanos. Foi na Península dos Balcãs, na Macedónia, que nasceu o Império de Alexandre o Grande (336 AC a 323 AC). No início da Idade Média, quando substituiu o Império Romano do Oriente (Império Bizantino) que dominava a região, formaram-se e ganharam autonomia e independência os reinos que, embora de forma efémera, criaram impérios. Foi o caso do império dos Sérvios (1346 – 1371) ou o dos Búlgaros (632-1018 e 1185-1396).

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Os Balcãs em 1914

OS BALCÃS EM 1914

No ano em que teve início a Primeira Guerra Mundial, a geografia política dos Balcãs era diferente da atual. Ao longo de mais de cem anos e quatro importantes guerras – Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra Civil na Jugoslávia (1991-1995) e Guerra do Kosovo (1996-1999) – as fronteiras das entidades políticas em cada uma destas épocas alteraram-se. Além disso, nem todos os territórios do que hoje são os Estados Balcânicos se encontravam libertos. Enquanto o Império Otomano ficara reduzido, na Península Balcânica, a um pequeno território a norte dos estreitos e do Mar de Mármara que inclui a parte norte de Istambul, os territórios que hoje pertencem à Eslovénia, à Croácia, à Bósnia e Herzegovina e parte norte da Sérvia, estavam integrados no Império Austro-húngaro. O "link" seguinte [Balcãs em 1914] (*) conduz-nos a um mapa que mostra a divisão política dos Balcãs em 1914.

As entidades políticas então existentes eram a Sérvia, o Montenegro, a Albânia, a Grécia, a Roménia, a Bulgária, conjunto de territórios do Império Austro-húngaro (Eslovénia, Croácia, Bósnoa e Herzegovina) e a parte europeia do Império Otomano.

(*) Abrir num separador ou janela nova. Seleccionar com o botão direito do rato e escolher «Abrir link num novo separador» ou «Abrir link numa nova janela». Mantendo o novo separador ou a nova janela aberta permite ter sempre presente um mapa que abrange todos os territórios a seguir mencionados.
 

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A Primeira Guerra Mundial nos Balcãs

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL NOS BALCÃS

 A Guerra nos Balcâs foi essencialmente uma guerra contra a Sérvia. Primeiro levada a cabo pela Áustria-Hungria, em 1914, e depois também pela Alemanha e pela Bulgária em 1915. Os Aliados em Salónica não dispunham de recursos suficientes para contrariar o avanço das Potências Centrais e estas também não quiseram empenhar mais recursos para expulsar os Aliados do sul dos Balcãs. A Bulgária tinha entrado na guerra a troco de compensações territoriais, mas a sua posição geográfica, no caminho entre a Alemanha e a Turquia, também influenciou a decisão. A Grécia teve uma fraca prestação e o seu maior esforço foi dispendido em tentar manter a neutralidade, o que não conseguiu. A Roménia entrou na guerra em 1916 numa tentativa de aproveitar a oportunidade oferecida pela ofensiva russa (Ofensiva Brusilov). A Albânia, neutral mas sem um governo eficaz, foi facilmente invadida e os Italianos não perderam a oportunidade de ali recuperarem antigos territórios. Nos Balcãs, tal como na Frente Ocidental, a guerra terminou por exaustão dos recursos, muito especialmente das pessoas.

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