Introdução
EM JEITO DE APRESENTAÇÃO.
Este esquisso, que pouco a pouco se vai transformando numa História Geral de Roma, tem por traves mestras as fontes clássicas gregas e latinas para o período.
Entre a historiografia contemporânea há que assinalar, em primeiro lugar, a “História de Roma” de S. I. Kovaliov (publicada em 1948; traduzida do italiano e publicada em castelhano pela Editorial Futuro SRL de Buenos Aires em 1959) e a “História de Roma” que de alguma medida V. Diakov lhe escreveu em resposta (por volta de 1956 e publicada em português pela Editora Arcádia).
Fontes do Texto
Este esquisso, que pouco a pouco se vai transformando numa História Geral de Roma, tem por traves mestras as fontes clássicas gregas e latinas para o período.
Entre a historiografia contemporânea há que assinalar, em primeiro lugar, a “História de Roma” de S. I. Kovaliov (publicada em 1948; traduzida do italiano e publicada em castelhano pela Editorial Futuro SRL de Buenos Aires em 1959) e a “História de Roma” que de alguma medida V. Diakov lhe escreveu em resposta (por volta de 1956 e publicada em português pela Editora Arcádia).
Capítulo I - As fontes da história romana e a sua veracidade
As fontes escritas (as mais importantes na tipologia das fontes) dividem-se em fontes primárias e obras literárias lato sensu, com destaque nestas últimas para as obras da tradição historiográfica (mas tendo sempre em conta que a historiografia clássica relativa à época romana antiga foi em grande parte uma “arte de escrever as lendas da história”).
FONTES PRIMÁRIAS
Entre as fontes primárias, as inscrições são quase inexistentes para a época dos reis e em escasso número para o período da República que vai até ao início do século III ae.
Capítulo II - O Ambiente Geográfico e a sociedade
Já no século III ae a expansão romana transbordará dos limites da península, mas a Itália irá continuar a ser, por vários séculos, a base da economia e o centro da vida política e administrativa da civilização romana.
A península apenina, central entre a balcânica e a ibérica, interna-se profundamente no Mediterrâneo. É uma estreita faixa de terra que se estende por cerca de 1.000 km, com uma largura de 150 km na sua parte central. A grande ilha da Sicília, a continuação imediata da península, está a cerca de 150 km das costas africanas. A norte, os Alpes encerram a Itália num amplo semi-círculo. No entanto os Alpes não são uma barreira infranqueável, em particular no seu sector oriental, os Alpes Julianos.
Capítulo III - A Itália pré-romana
OS POVOS DA ITÁLIA NA ÉPOCA HISTÓRICA.
Apenas na península, a partir da época histórica e após a chegada dos gauleses, reconhecem-se, numa classificação muito abrangente e “aligeirada”, pelo menos doze línguas diferentes, não contando os dialectos, muito diferenciados, dos diversos povos. Este mosaico étnico já surpreendia os autores antigos.
Capítulo V - O período dos reis segundo a tradição
A LISTA DOS SETE REIS.
A tradição é invariável, citando-os sempre pelos mesmos nomes e a mesma ordem. Esta invariabilidade na lista dos reis pode levar a supor que se formou muito cedo, provavelmente muito antes do século III ae, época em que lhe aparecem as primeiras referências nas fontes literárias. Acresce, a indiciar-lhe a antiguidade, que dos nomes dos seis reis que sucederam a Rómulo, só um, o de Marcius, é assinalável entre os nomes gentílicos das famílias patrícias mais influentes nos séculos V e IV ae, o que nos permite excluir a hipótese de haverem sido essas famílias a inventá-los.
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Capítulo IV - A Fundação de Roma
A FUNDAÇÃO DE ROMA.
A pequena tribo dos latinos ocupava o chamado Latium vetus (Lácio antigo), a parte noroeste do Lácio clássico. O Latium vetus estendia-se por uma zona de planície ondulada com cerca de 2.000 km2. No seu sector sul encontram-se as colinas albanas. Os cursos de água mais importantes eram o Tibre, navegável, que unia o Lácio às regiões interiores, e o Aniene, um seu afluente da margem esquerda. A região tinha por limites: a ocidente, o Mar Tirreno, onde se processava um intenso comércio entre gregos, cartagineses e etruscos; a norte, o Tibre, fazendo a fronteira com os territórios das ricas cidades etruscas; a nordeste, os montes sabinos; a leste, à medida que se avança para o sul, as regiões montanhosas dos équos, dos hérnicos (Hernici) e dos volscos; a sul, mas já para lá do território dos volscos, a fértil e mais civilizada Campânia.
Capítulo VI - A comunidade romana no período dos reis
OS PATRÍCIOS.
A palavra deriva de pater, e o mais provável é que nos inícios fossem chamados patrícios os que descendiam de pais legítimos e que, por isso, podiam também ter filhos legítimos. Ou seja, os patrícios ter-se-ão regido pelos costumes do direito paterno (o patriarcado). Segundo esses costumes, a herança do nome e dos bens transmitia-se por via masculina e os laços de parentesco válidos eram apenas os que derivavam do pai.
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